sábado, 22 de dezembro de 2012

nas nuvens...



(..) E lá estaremos nós com os pés no chão. Mas encostando o céu com a palma das mãos (...)


Lá no alto, aqui da vista da minha escada, se vê Vallombrosa. Um baita morro. Bem alto. Lá sempre neva antes, sempre chove antes e sempre vejo nuvens cobrindo o morro.

A minha constante pergunta é: se eu, nesse momento que vejo aquela nuvem enorme cobrindo metade da montanha de Vollombrosa, subir lá no morro, vou ficar dentro da nuvem ou é só ilusão de ótica?

Hoje pela manhã, soube, assim sem querer, que estava dentro de um dos meus sonhos. E não tinha a mínima noção disso.

Tenho vários pequenos grandes sonhos. Tantos já realizei e tantos outros sei que ainda realizarei. Mas a alegria de me encontrar dentro de um deles... assim, de repente, sem saber, é imensurável.

O tempo aqui é feio, cinza, céu baixo, feio.

Achava isso, até a manhã de hoje.

As 10h30m tinha sol e pensei: Uau! bella giornata.

Quando desci pro almoço, às 13h, tudo cinza e fechado de novo. Como é possível que a neblina apareça depois do meio dia? Não é assim que conheço a neblina.

E ali, às 13h, descobri a verdade que mudou a visão do cinza feio. Não era a neblina, era uma nuvem. Eu estava dentro de uma nuvem.

Tantas vezes me peguei pensando como seria estar dentro de uma nuvem... Estava dentro de um dos meus tantos pequenos grandes sonhos.

E todo aquele cinza me pareceu tão esplêndido.

Descobri que estava dentro de um dos meus sonhos e nem sabia disso. Estava dentro de uma nuvem...

Loppiano foi envolvida por uma grande nuvem e eu acreditava que era névoa. Mas pra minha sorte, o Professor Rondinara estava por perto e me contou o segredo: Patricia, não é a névoa, estamos dentro de uma nuvem.

Meu Deus! Estamos dentro de um dos meus sonhos!

Descendo a Incisa comprovei o fenômeno. Lá embaixo, em Incisa, encontrei o céu aberto. Olhando pro alto, em direção a Loppiano, uma grande nuvem cobria tudo. Exatamente como quando olho pra Vallombrosa. Não era ilusão de ótica.

Mais tarde sai de bici com o Gabriel... de repente olho a manta negra que protegia o meu pescoço e parei o mundo. Parei a magrela. Parei o guri. Olhei minha manta negra e quase gritei: Gabriel! Minha manta está molhada de nuvem!

E a canção do Moska me disse: Tudo é possível, não há nada que se possa deter. O que era impossível acaba de acontecer...

Um comentário:

Lika disse...

ricordo quel giorno... :D eri felici. Penso che la vita ci fa questo scherzo molto spesso, nemmeno ci accorgiamo e giá siamo nel sogno... non c'é bisogno di ansietá o di aspettare li seduti... é giá accaduto! Anche col doloro é cosi... nemmeno c'é bisogno di difenderci o avere paura, é giá accaduto Pat! e cosí, in pace, solo dobbiamo andare, sapendo che ogni giorno é una scatola di sorprese, uniche...