sexta-feira, 2 de abril de 2010

MÓNOS (um só) e GRAPHEIN (escrever)

A origem histórica da palavra MONOGRAFIA vem da especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema.

Estou escrevendo minha monografia. Ou melhor: eu TENHO QUE escrever minha monografia. E adivinha? Bateu um pânico. Não sei nada, nada sei. Parece-me que os quatro anos de faculdade simplesmente transformaram-se em um vazio dentro da minha massa cinzenta. Não sei teoria alguma. Meu assunto, que era algo incrível, extraordinário, inovador e blábláblá de repente transformou-se em algo estranho e sem grandes interesses. Pergunto-me: quem vai querer ler isso? Qual a relevância para a atividade? Não tenho mais certezas. De uma pessoa super segura e quase arrogante me transformei em um serzinho frágil e sem um pingo de segurança. Peço tantos conselhos e orientações que me sinto uma bússola maluca em plena tempestade. Perdi o rumo. E o tino. Tu escrevias tão bem, dizem os professores...

Tem de haver alguma explicação para isso. De preferência uma explicação teoricamente fundamentada. É, porque sem fundamentação teórica nem perco meu tempo lendo nestes tempos de monografia. E pra completar o quadro do desespero, não há mais nada no curso pra eu fazer. Acabaram-se todas as disciplinas. Não tenho mais desculpas. Tranquei a fofinha da monografia no semestre passado para aproveitar todo o tempo do verão e escrever com tranqüilidade. Hein?! Só eu acreditei nisso. O verão já era... Março também... Só meu desespero permanece.

Aí ontem, mexendo nas pilhas de papéis que guardo destes quatro anos, buscando uma inspiração, uma luz, um milagre, qualquer coisa. Eis, que no meio da papelada da disciplina de Teorias em Relações Públicas descobri um “artigo” FEITO POR MIM lá nos primórdios do primeiro semestre. Tá bonitinho até. Tem lá suas falhas, mas a bendita fundamentação teórica está lá. Firme. Rindo da minha cara. Passei a noite em claro me questionando: se no primeiro semestre eu fiz um ARTIGO sem nenhum drama, porque raios, agora, p r a t i c a m e n t e uma profissional formada, estou armando tamanho barraco para fazer algo que todo estudante sabe que vai ter que fazer? E porque, mais raios, todo estudante tem uma crise neste momento de sua vida acadêmica? Só pode ser algum tipo de histeria estudantil coletiva...

Abaixo publiquei o tal “artigo”. Quem sabe ele se multiplica e vira uma monografia???

3 comentários:

Anônimo disse...

Adoro estréia de comentários! Bjo, Aline (Camargo)

Ocappuccino.com disse...

Eu semestre que vem entro nesta nóia também, a temida monografia. Mas com a experiência do blog, acredito que não será tão difícil escrever. O blog é uma ótima ferramenta para treinar naõ só a escrita, mas a leitura e também ajudar a estar mais próximo as novidades.

Mas todo este 'medo' deve ser trabalhado pelo orientador, eu acho. Mais do que ele te orientar na reliazação da mono,é importante passar tranquilidade. Já conversou com o teu sobre isso?

abraços
MATEUS

Tiane Quadros disse...

Agora o pânico já deve ter passado, né? Monografia pronta é sempre um alívio, como qualquer trabalho acadêmico...no início sempre é complicado,mas depois melhora! Beijos!!!