Verdade ou Utopia?

Texto escrito na cadeira de Empreendedorismo em Relações Públicas, por ocasião da palestra do 21º Set Universitário, em 21 de agosto de 2008.

Demorei só um poquinho pra publicar... O 22º Set tá quase começando.

Mais um Set Universitário. Se você perdeu, já era. Só ano que vem. Cada edição reserva uma surpresa. E por mais que alguém tente contar, quem não viveu não pode mensurar o que é ouvir, assim, de pertinho, bem ali na sua frente, “o cara” contando como é o mercado que um dia vamos conquistar.

No Set do ano passado ouvimos, com a Suzana Velhinho, que o problema de mercado dos RRPP não era do mercado e sim dos RRPP. O “cara” desta vez veio nos apresentar este mercado tão sonhado e distante. E nos mostrou que ele, o mercado, está muito mais perto do que imaginamos. Ele está ao nosso redor, está em nós. Somos o mercado, o produto e o serviço, e nem nos damos conta disso.

E o melhor de tudo: um mercado que é a expressão daquilo que acreditamos ser apenas utopia. Porque nós, simples estudantes, com cabecinhas fechadas que acham que a teoria é só teoria e que tudo não passa de um belo conto da carochinha, ficamos com o queixo no chão quando vemos ali, no palco do Set, bem acima das nossas ocas cabeças, um “cara” de carne e osso nos contando a mais verdadeira das histórias e, tão bela quando a dos livros de teoria.

Ouvi uma bela canção na noite de terça-feira: “A organização espera de um profissional de comunicação que ele a induza a buscar. Faça diferença. Interfira na cultura”. Isso não é lindo?

Consegues imaginar uma organização que entende que o processo de comunicação é profundo, que permeia toda a organização e que TODOS são responsáveis pela imagem da empresa. Que sabe que a reputação é construída todos os dias. É um modelo de gestão.

Uma organização que mantém e estimula o vínculo com a academia, permitindo assim o desenvolvimento dos acadêmicos e testando em tempo real tudo aquilo que produzimos, nos permitindo crescer profissionalmente. Porque tu sabes, a carreira começa no vestibular. Só que a maioria das organizações não sabe disso, ou não se importa. E porque saberiam; se nem a maioria dos estudantes o sabe.

E tem mais: uma organização onde na cabeça dos dirigentes (onde geralmente estão as barreiras) a comunicação deve ser estratégica. Deve estar em todas as áreas da empresa e, é responsabilidade de todos os profissionais da organização. Já ouviu alguém dizer isso de sua diretoria? Ah, eu quero uma diretoria dessas pra mim.

Uma diretoria que trabalha a comunicação integrada em três etapas: de dentro pra fora; de dentro pra dentro e, de fora para dentro. E que transforma seus funcionários em embaixadores de sua boa reputação. Que sabe que os momentos mais difíceis são os que exigem mais comunicação. Tão óbvio, não é? Mas eu só tinha visto nos artigos da Margarida Kunsch.

Esta organização existe. Esta cultura “utópica” que sempre vemos nos livros também. É praticada pela Fiat e nos foi apresentada por seu porta-voz, Marco Antônio Lage. “O cara”. Diretor de Comunicação do Grupo Fiat. Um mineiro tranqüilo, simpático e porque não, bonito, que com uma simplicidade desconcertante pra quem é o que é, nos apresentou um mundo de possibilidades, dentro de uma organização que valoriza o que tem de melhor: as pessoas.

Uma palestra para RRPP, PP, e Jornal. Bem integrada, como toda boa comunicação deve ser.

Tá aí! Quando eu crescer quero trabalhar em um Grupo como este.